domingo, 20 de dezembro de 2009

Brancos avançam, índios defendem-se

Algumas das violentas enfrentações entre brancos e indígenas no sertão
            Reação indígena contra bugreiros em Campos Novos Paulista 
                                      Acervo: Luiz Carlos de Barros 
O avanço sertanejo de 1850/1851 sobre territórios indígenas não aconteceu sem fortes resistências dos agredidos, e, em consequências, tribos inteiras foram dizimadas, e, alguns brancos morreram.
A história, no entanto, é contada pelos vitoriosos, não pelos derrotados, e, neste aspecto, nas razias e dadas contra indígenas, as atitudes dos conquistadores foram abrandecidas: os brancos são bons e sempre vítimas, e os índios são maus e assassinos; os bugreiros são agricultores, trabalhadores e honrados chefes ou filhos de famílias, enquanto os índios hordas selvagens atravancadores do progresso.
José Theodoro de Souza era cruel exterminador de índios, através das razias e dadas, para lhes tomar as terras e prepara-las para a chegada do homem civilizado e a promoção do progresso.
Segundo memórias regionais, partes expressas conforme narrativa de Francisco Marins (Clarão na Serra, 1985), para o combate ao índio Theodoro levava consigo os bugreiros, armados com o que havia de mais moderno e mortal dentre os equipamentos de guerra, que pudessem carregar às costas, em busca da aldeia pretendida.
Certa feita, o bugreiro Vicente Lourenço à frente de um bando, teria se deslocado até o Rio de Janeiro para obter "armas e munições e mais homem, se conseguisse, para enfrentar o gentio do sertão" (Leoni, 1984: 83); havia brutal diferença de 'amas de guerra' entre as partes conflitantes, favorecendo os brancos contra os índios. 
A informação de Leoni, fundamentado nas tradições, contém fatos importantes e Vicente Lourenço existiu efetivamente, todavia a notícia não é verificável, ou seja, impossível assegurá-la correta, todavia, ainda assim, os armamentos em poder dos brancos garantiam a estes o escorraçamento indígena quando não a exterminação tribal.
Também, fartamente comprovado, os bugreiros valiam-se dos índios pacificados para dar combate às tribos selvagens ou opositoras ao homem branco. Algumas situações comprovam isto: a família Vieira, da região atual de Paraguaçu Paulista, socorreu-se de índios requisitados do Aldeamento São Pedro de Alcântara, de Jataizinho-PR (Jorge Junior, 'Um pouco de história...', 19/11/1967), para dar combate ao caingangue.
O coronel Francisco Sanches de Figueiredo, de Campos Novos do Paranapanema - localidade de tantos nomes e mais conhecida por Campos Novos Paulista, possuía índios aldeados que o auxiliavam nas guerras e preações contra tribos inimigas. Em São Domingos índios oti-xavante e brancos protegiam-se, e José Theodoro de Souza "usava índios contra índios" (Nantes, CD: A/A, 24/09/2007).
Revelações de descendentes sertanejos, netos, bisnetos e seguintes, nos anos de 1970 ainda mantinham, com certa fidelidade, relatos como ocorriam os combates aos índios. A incursão era cautelosa, rápida e silente, procurando postarem-se nas cercanias do aldeamento altas horas da noite, para distribuição dos homens em pontos estratégicos; eram invasões ligeiras, menos de dez dias, pelas dificuldades de se levar mantimentos, armas e munições às costas de cada soldado. 
Para bons efeitos das táticas de guerras em cercar os inimigos, Theodoro colhia informações de seus índios pacificados, que lhes serviam de espiões e partícipes de ataques. Por isso sabia quando e como se deslocar pelos campos, cerrados e matas, bem como dividir seu exército.
Nas matarias não usavam animais para qualquer tipo de cerco pela vulnerabilidade nos ataques, dificuldades de movimentação e presença facilmente denunciada.
Os atacantes aguardavam o amanhecer para dar sinal de ataque, procurando surpreender o inimigo ainda na indolência do sono, quando uns atiravam e outros invadiam os ranchos com ataques a facões e punhais, pondo em fuga os sobreviventes que iam exatamente à direção pretendida, ou seja, num beco sem saída, onde eram abatidos pelos atiradores, sem piedade.
Não era fácil algum indígena sobrevivente, como difícil algum branco ferido sob proteção da coura e o gorro, gibão e capuz de couro de anta revestido de grosso tecido de lã, praticamente imune às flechas indígenas atiradas de longa distância. As calças eram de tecidos e cobertos por perneiras de couro.
Os bugreiros, braço armado do capitalismo (fazendeiros e latifundiários), à moda dos bandeirantes e entradistas não usavam botas nos deslocamentos, preferindo os pés descalços, mais "apropriados para as veredas nos matos, facilitando o deslocamento rápido em meio ao emaranhado de plantas e ao solo úmido" (Garcez Marins, 2004: 2).
Dentro dos ranchos mulheres e crianças eram mortas a golpes de facões e os velhos, geralmente, degolados. Disto advinham as crueldades: ventres rasgados, corpos infantis atravessados por punhais, empalações, membros decepados.
Algumas vezes os brancos incendiavam as moradias indígenas, enquanto os soldados colocados em pontos estratégicos aguardavam os fugitivos, para abatê-los a tiros. Noutras, quando não incendiavam tudo, os assassinos deixavam água e vitualhas envenenadas, caso algum sobrevivente ou ausente necessitasse delas.
Os índios temiam as dadas e as razias, o que os levava para bem longe da região, assim a salvos da morte, não sendo incomum encontrar aldeias desabitadas recente ante a simples ameaça que Theodoro precisava de índios, ou estava na região.
Por isso o xavante e o guarani-caiuá, dos campos e cerrados, quando não podiam fugir, bem rápidos vinham se colocar ao dispor para preamento, tão logo o caçador saísse para as costumeiras 'caças aos bugres'.
Os índios se valiam de ardis, enviando valetudinários, idosos, mulheres jovens e crianças, que às espreitas seguiam os bugreiros como se fossem ataca-los, colocando-os em alertas para, enfim, o encontro em que se rendiam. Isto dava aos restantes e sadios da tribo condições de se colocarem a salvos.
Para preação, Theodoro preferia os campos abertos porque assim era mais fácil combater índios cujas defesas e ataques tinham pouca eficácia diante das armas de fogo do sertanista. Mais que isto, quase não encontrava resistências, pois que o xavante e caiuá temiam-no, certamente em lembranças às investidas mortíferas que o sertanista lhes aplicara em 1850 e 1851.
Os destroços xavantes e caiuás, fugindo de Theodoro, não podiam entrar nas matas dos rios do Peixe e do Feio sem se defrontarem com outro inimigo igualmente cruel, o caingangue, preferindo a escravização pelos brancos, nem todos maus.
José Theodoro não temia os caingangues, também chamados coroados - pelo corte do cabelo, mas raramente os apanhava para servidão, preferindo matá-los todos, porque eram os terrores dos sertanistas e atrapalhavam o progresso do sertão.
Pelas atitudes do sertanista-mor pouco lhe importava o direito indígena de viver, ter sua liberdade, o seu zelo pelas terras, os seus apegos familiares, o respeito pelas crianças e as gratidões aos velhos. Theodoro mostrava-se implacável, sem nenhum outro fito que não matar os índios, capturando sobreviventes escravização, para tomar-lhes toda a terra, porque deixá-los viver em liberdade era a quase certeza que eles voltariam, mais fortes e unidos, para os contra-ataques.
A progressiva entrada e fixação do branco em terras subtraídas aos índios trouxeram, inevitavelmente, imprevistos ataques indígenas e violentas reações dos bugreiros. Aliás, a invasão territorial branca já era sinônima de mortandade aos índios, que então reagiam.
Sampaio escreveu que "(...) a conquista destes sertões é uma obra que se vai effectuando dia a dia, lentamente, luctando o sertanejo com o indio, cahindo quase sempre o primeiro victima da emboscada do segundo, mas ficando sempre a terra em poder da civilisação que avança" (1890, 4: 88).
Os índios também matavam brancos, em defesa territorial e um ou outro caso de vinganças, apesar da desigualdade de armas e dos objetivos de lutas.
Autores, Giovannetti entre eles, relatam ataques dos bárbaros selvagens aos homens civilizados e progressistas, acometimentos quase todos caingangues contra indivíduos ou grupos isolados, com extremadas crueldades, como empalações, degolas, crucificações, esquartejamentos.
O caingangue não tinha por regra atacar os povoados, embora alguns registros de ataques de grandes proporções, por exemplo, contra a Vila de São José do Rio Novo (Campos Novos Paulista) em 1874.
São muitos os relatos de ataques indígenas contra os brancos nos vales do Pardo, Paranapanema, Peixe, Feio /Aguapeí e Capivara, alguns célebres, cujas notícias chegavam às autoridades: "O municipio de Santa Cruz do Rio Pardo, que já este anno foi theatro das correrias de indios bravios, acaba de ser invadida por um bando d’esses selvagens, que immolaram em cruel hecatombe 14 vidas, estragando plantações e gado!" (RG, BMIP 1022, 1877/1878: 58).
Ainda mais:
—"Este anno [1878] os índios de Campos-Novos, por três vezes, atacaram trabalhadores e proprietários do município de Santa Cruz do Rio Pardo" num assunto prosseguinte em busca de solução: "Os índios de Campos-Novos, consta-me que já conhecem e fallam o nosso idioma; e accossados como vivem por algumas raças selvagens e inimigas, com muito pouco esforço são capazes de estabelecer relações que os tirem d’aquella vida nômade, augmentando a prosperidade do lugar" (RG, BMIP 1022, 1878, Incursão de Índios,1878: A 15 - 15).

1. Ataques no Alambari
— Texto revisto, ampliado e disponibilizado aos 15 de maio de 2021 —
Domingos Flauzino [Eufrozino] Andrade, por si e família, teria contribuído financeiramente e com homens para o grupo bugreiro, alocado para a região do rio Alambari, afluente no médio Turvo, sob comandado do seu irmão Joaquim Manoel de Andrade e do primo Francisco de Souza Ramos - irmão de José Theodoro de Souza, todos às ordens deste último, no exitoso avanço sertanejo de 1850/1851, sobre territórios indígenas.
— Domingos Flauzino de Andrade, nascido em Aiuruoca - MG, batizado aos 09/02/1800, filho de João Pires de Andrade e Marianna Roza [de Assumpção] (Livro 1797/1808: 43), casado aos 21 de julho de 1820 com Maria Pereira dos Reis (Pouso Alegre, Processo Matrimonial 1820/1824: 145/153), gerando filhos e filhas, dos quais destacado o José Luiz de Andrade,  batizado em Pouso Alegre - MG, aos 15 de fevereiro de 1824, idade 15 dias (Livro, 1823/1825: 102).
— Domingos era irmão de Joaquim Manoel de Andrade, este citado um dos pioneiros no Turvo, pelo descendente Luciano Leite Barbosa - https://pioneirosdoturvo.blogspot.com
Os selvícolas se opuseram tenazmente à invasão. Os bugreiros Francisco Gomes e Antonio Luiz [...], nos anos 1850 ou 1851, ativos na região, foram surpreendidos e mortos, e os companheiros então organizaram uma batida armada procurando os assassinos, sendo, na refrega, morto a flechada o mateiro João Moreira. O bugreiro e posseiro, também na região do Alambari, José Joaquim Cezario (AESP; RPT/BTCT, Livro 123 e referências), integrante da expedição, ao cavar sepultura na mata para João Moreira, foi alvejado, à distância, ferimento não letal, no entanto com sequelas permanentes.
—Os acontecimentos acima foram lembrados numa publicação pelo Diário da Noroeste, Bauru, 1929: 2, matéria intitulada 'A Conquista da Noroeste', republicados, pela professora Márcia Regina Nava Sobreira no jornal Diário de Bauru, de 22/07/1990: 11, e, posteriormente, disponibilizados no sítio eletrônico http://nossabauru.blogspot.com/2012/01/indios-e-brancos-dificil-convivencia-2.html, sob a responsabilidade da mesma Nava Sobreira, sem nenhum registro quanto ao número, de indigenas mortos (CD: A/A, 2012: 2). 
A despeito de região conflituosa, coube ao Domingos Flauzino, como paga de investimento, uma sorte de terras entre aguadas no Alambari, assumida pelo filho José Luiz de Andrade, e, ao lugar, denominou-se 'Fazenda Alambari [de Cima]' ou 'Fazenda José Luiz de Andrade', mas, nela não fez morada, deixando-a sob os cuidados de empregados, optando residir com a família em Santa Cruz do Rio Pardo, povoação mais segura e central, para cuidar de outras suas propriedades ao curso do Pardo.
—Os primos Joaquim Manoel de Andrade e Francisco de Souza Ramos, bugreiros, figuram assenhoradores de terras, no Alambary, 'repassadas' ao José Luiz de Andrade (DOSP, 24/09/1907: 2723 e 2724; DOSP, 03/08/1913: 3761 e 3762).
No mês de agosto de 1861, jornais brasileiros e publicações oficiais de governos, imperial e provincial, reportaram ataque indígena, aos 09 dias, na Fazenda do Alambary, freguesia de São João de São Domingos, no município de Botucatu, assassinando a mulher e cinco filhos do bugreiro Fortunato da Silva Bueno, sobrevivendo um filho ainda de colo, abrigado por uma jovem não membro direto da família.
— Das informações, destacadas as fontes: Correio Mercantil, RJ, 18/09/1861: 2; Revista do Instituto Histórico e Geográfico de S. Paulo – IHGSP – página 157; Ministério da Agricultura, Commercio e Obras Publicas - Governo Imperial do Brasil, RJ, Outubro de 1861; AESP [Acervo - Arquivo Público - do Estado de São Paulo] - D-41-A Pasta 2 - doc 0223. 
A jovem sobrevivente colaborou com as autoridades para a identificação dos bárbaros, que não eram índios da região, bravos ou aldeados, e sim índios pacificados, da etnia 'Guajara,' trazidos de Jaguari - MG, por mercenários brancos estabelecidos à margem do Tietê - região de Avanhandava, no entanto, providências prejudicadas com a fuga dos responsáveis. 
Exceto citações da barbárie em referenciamentos de memorialistas, historiadores e estudantes em monografias, dissertações e teses, nenhuma revelação que pudesse melhor esclarecer o episódio.

1.1. O infeliz Fortunato da Silva Bueno
No mês de março de 2021, por SatoPrado, ousou-se o primeiro complemento do massacre de 1861, que a criança sobrevivente seria o José Fortunato Bueno, casado com Jesuína Maria de Andrade, declarado filho de Fortunato da Silva Bueno e de Anna Victoria da Conceição, conforme registro de nascimento da filha Amélia (Cartório de Registro Civil de Santa Cruz do Rio Pardo - SP), falecido aos 08 de setembro de 1831, idade informada em torno de 69 anos, o que o leva o nascimento a um tempo bastante próximo aos acontecimentos de 1861,  quando criança de colo. 
—Admitindo presunção do declarante do óbito quanto a idade do falecido, por aproximação de ou 'mais ou menos', quando não havia certidão ou registro oficial de nascimento, José Fortunato Bueno, sem irmãos conhecidos, poderia ser a criança sobrevivente naquele massacre promovido por indígenas em 1861.
Quanto à púbere, igualmente poupada da morte apesar dos sérios ferimentos, o engenheiro e memorialista Rosalvo Gizzi, descendente de José Fortunato Bueno, apresentou aos autores, por memória de família, certa 'Mãe Outra', pessoa assim conhecida não lhe sabendo o nome, todavia, falecida em Santa Cruz do Rio Pardo no início dos anos 1960, em idade para além dos cem anos. Rosalvo, em 2021, segundo lembranças fragmentadas do próprio, teria acompanhado uma irmã maior, no final dos anos de 1950, numa derradeira visita a 'Mãe Outra', em Santa Cruz do Rio Pardo, lembrando dela senhora idosa, cuidada por uma família cujo 'chefe' conhecido por Zico Souza, de profissão açougueiro e charqueador. 
—A exemplo de sua irmandade, Rosalvo não lembra, ou, nunca ouviu dizer, o nome real da mulher (Rizzi, expediente, CD: A/A).
Nenhuma dificuldade em saber de João de Souza, conhecido por Zico Souza, açougueiro nos anos 1950, charqueador famoso, casado com dona Sebastiana Andrade, pai dentre outros filhos, do também já falecido Cesar de Souza, conhecido na mesma profissão. João de Souza e dona Sebastiana foram cuidadores de uma idosa, centenária, nome quase esquecido, lembrado como ou próximo a Frozina.
—Aos 31 de maio de 1962, na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, com a idade de 110 anos consta falecida Frozina da Cunha Oliveira, solteira, nascida em São Pedro do Turvo (Santa Cruz do Rio Pardo-SP, Cartório do Registro Civil, Certidão de Óbito nº 13274, Livro C 33 fls. 135). Apesar da longevidade declarada, o encontrado o assento batismal de Eufrozina, aos 29 de julho de 1853, idade de dois meses, filha de José Pereira e Honória Maria, num tempo que todos os registros sertanejos eram lavrados em Botucatu (Livro 1849/1856: 53), mostrando-se inquestionável a coerência informativa familiar de Rosalvo com a verdade dos fatos.
—Frozina e Eufrozina, trata-se do nome de uma mesma pessoa que, para os descendentes de José Fortunato Bueno com Jesuina Maria de Andrade se tornou a conhecida 'Mãe Outra' .
A atestação histórica complementa-se. José Luiz de Andrade, nascido em Pouso Alegre - MG, batizado aos 15 de fevereiro de 1824, idade de quinze dias, filho de Domingos Eufrozino de Andrade e Maria Pereira dos Reis (Livro 1823/1825: 102), sendo casado primeiro com sua parente Anna Flauzina de Jesus, batizada em Pouso Alegre - MG, aos 08/03/1829, idade de dez dias, filha de José Joaquim de Almeida e Leodora [Eleodora] Maria de Jesus (Livro 1825/1837: 143). No sertão, enviuvado, casou-se com a também aparentada Marianna Honória, filha de Francisco de Souza Ramos e dona Maria Thereza de Jesus, sobrinha do pioneiro-mor José Theodoro de Souza.
José Luiz de Andrade teve a seu encargo os cuidados com Frozina e José Fortunato, enquanto nada se sabe do vitimado Fortunato da Silva Bueno, exceto o massacre contra sua família, pressupondo-o vindo da província de Minas Gerais, onde nascido, descendente de mameluco ou pardo, vinculado à família bandeirante Silva Bueno ou Bueno da Silva, mestiço de origem ou descendência, alforriado por filiação.
—Por informação do Juiz Municipal de Botucatu, Fortunato pediu-lhe providências contra os assassinos, com a resposta que o Juizado não atuava sobre a polícia em como proceder na captura dos executores; ante a resposta, Fortunato prometeu subscrição dos sertanejos ao governo (AESP - D-41-A Pasta 2 - doc 0224), enquanto ele próprio saiu ao encalço dos mandantes do crime, e, dele não se teve mais notícias.
—Lenda, talvez, ou alguma memória perdida, Fortunato da Silva Bueno teria cometido crime de gravidade na província mineira e se refugiado no sertão paulista, até ser localizado por seus perseguidores.
Frozina tornou-se a outra mãe - 'Mãe Outra' - para José Fortunato, até este se casar com Jesuína Maria de Andrade, batizada aos 17 de fevereiro de 1872, em Santa Cruz do Rio Pardo (Livro 1872/1879: 8), filha de seu benfeitor José Luiz de Andrade e dona Anna Flauzina de Jesus.
José Fortunato Bueno e sua mulher Jesuína seguiram de Santa Cruz do Rio Pardo para a cidade paranaense de Jacarezinho, onde falecidos, ele aos 08/09/1931 e ela, aos 19/04/1941, enquanto 'Mãe Outra', solteira - desconhecido se teve filhos, continuou vinculada à 'Casa dos Andrade' até que lhe sobreveio a morte, sendo sua última cuidadora dona Sebastiana Andrade [de Souza], casada com o senhor João [Zico] de Souza.

2. Ataque ao povoado de São José do Rio Novo
Célebre o ataque indígena ao povoado [atual Estância Climática Campos Novos Paulista], em 1874, numa manhã, onde sabidamente diversas famílias residentes garantidas por sentinelas fortemente armados, e, dentre os moradores, o José Theodoro de Souza.
Consoante Giovannetti, os selvagens pretendiam a morte do pioneiro:
—"O cacique da tribu reuniu um poderoso contingente de indios, calculados mais ou menos em 1.000, que ficou escondido durante uma noite, no meio de um capão de mato que, naquele tempo, rodeava o curso do pequeno corrego 'Barraca'. Ficaram ali os indios emboscados à espera do dia."(1943: 102).
Uma negra escravizada, entre nove e dez horas da manhã, ao procurar um frango numa brenha ao fundo do quintal, dera de cara com um grupo de índios que a aprisionaram, não sem antes emitir altos gritos de alertas, precipitando o ataque indígena sobre a povoação, bem como a possibilidade de reação branca. A escrava, segundo memórias, seria propriedade de José Theodoro de Souza.
Para o Giovannetti ocorreu assim:
—"Era o primeiro domingo do mez [não informa qual] e a população estava rezando, como de costume, ao pé do cruzeiro. Quando perceberam o perigo o incendio lavrou imediatamente pela pequena Vila. De todos os cantos acorreram homens e mulheres para a batalha. Era preciso desferir um golpe de força, e o embate foi violento. O formidavel tiroteio sacudiu a pacatez da Vila abalando a sua calma habitual. O povo viveu horas de labaredas. Nuvens de flechas escureceram o horizonte. No meio da luta surgiu uma mulher, verdadeiro tipo de Vesta, de nome Leopoldina Maria de Jesus, que tornou-se a heroina da épica jornada. Transportando arcabuzez, espingardas, garruchas e mosquetes e carregando as armas detonadas para ajudar os homens, deu exemplo vivo de força e entusiasmo, atiçando o ardor da batalha com palavras de incitamento que lhe crepitavam no fundo do coração. As palavras de Leopoldina davam a impressão de uma verdadeira descarga de fuzilaria. Esta legionaria ficou ferida por uma flecha. Apesar da superioridade formidavel sos atacantes, a Vila resistiu. As duas horas da tarde os indios sobreviventes, estrondosamente derrotados nessa tentativa de conquista, fugiram, e a calma voltou de novo no seio pacato da povoação."
O relato causa estranheza, tanto pelo elevado número de índios envolvidos no episódio, quanto pelo aguardo da passagem da noite para a emboscada, quando o costume indígena era atacar exatamente à noite.
Quer sim quer não e se nas proporções relatadas, o acontecimento ficou conhecido como 'Batismo de Sangue de São José do Rio Novo - depois, Campos Novos'.

3. A carnificina na Água das Mortes
Embate de sérias proporções e consequências entre índios e brancos, já morto o pioneiro Theodoro, aconteceu nas proximidades do atual município de Paraguaçu Paulista, no ano de 1878, na Fazenda Água das Mortes - nome posterior aos acontecimentos, quando do inesperado ataque caingangue a José Theodoro de Souza Junior [Theodorinho] e suas gentes, com saldo de quatorze brancos mortos, inclusive o Theodorinho e sua família ali presente, com um único sobrevivente, uma criança levada pelos índios, de acordo com Giovannetti (1943: 67-68) ao mencionar os fatos, evocando testemunhos dos irmãos Joaquim e Jerônimo Vieira, os primeiros que chegaram no local da tragédia.
Jorge Junior ('Um pouco de história...', 15/10/1967) descreve dos horrores, em que o filho de José Theodoro de Souza morreu flechado e teve o corpo esquartejado, igualmente seus camaradas, enquanto mulheres e crianças refugiaram-se numa das casas, logo cercada pelos índios que ali consumaram a matança, inclusive a esposa e filhos de Theodorinho, salvando-se apenas uma mulher e seu filho de três meses, escondidos numa moita salvadora.
O autor Jorge Junior teve, por fonte primária, testemunhos de pioneiros descendentes da primeira e segunda geração de João Batista Vieira, com lembranças que a mulher sobrevivente com a criança, já em Minas Gerais, procurou pela família Vieira para contar-lhe o acontecido e dissuadi-la, em vão, de fazer sertão.
Leoni, igualmente detalhou o massacre na Água das Mortes, contando os mortos: José Theodoro da Silva Junior, sua mulher Mariana de Souza Pontes, dois filhos, uma filha cujo marido também morto, um menino de doze anos, quatro escravos e duas outras mulheres. Sobreviveram apenas a doméstica Nicolaia, e uma criança de colo, escondidos no mato, sem revelar grau de parentesco.
José Laureano [ou Lauriano], genro de Theodorinho, e sua mulher não estavam presentes quando dos acontecimentos, em causa de desavença entre sogro e genro o que levou este último, juntamente com a mulher, abandonar o local no dia anterior (Leoni, 1984: 252-263).
Publicação trinta dias após o ocorrido com Theodorinho reproduziu a seguinte matéria:
—"Na Tribuna Liberal, de hontem, lê-se o seguinte:
Morticinio - No districto de S. José do Rio Novo, do termo de Santa Cruz do Rio Pardo, no dia 14 do mez passado [outubro de 1878], foram assassinados pelos indios selvagens 14 pessoas, além de estragarem um rancho de trabalhadores e gado que encontraram.
Foram victimas José Theodoro de Souza [Junior], dono do sitio Capivara, sua mulher e cinco filhos, um maior e quatro menores, José Luiz Barbosa, sua mulher e alguns trabalhadores, cujos nomes ignora-se.
Desappareceu uma menina, que se suppõe ter sido conduzida pelos selvagens. Escapou uma mulher que pôde esconder-se com uma criança. Os cadaveres foram conduzidos em um carro e dados à sepultura".
-(Jornal - A Reforma, RJ, 13/11/1878: 3).
Teodoro Sampaio, em 1890, descreveu a chacina, com variantes de local e ano do acontecimento, além de detalhes e acréscimos:
—"De José Theodoro, estabelecido no rio Capivara mataram, de uma vez, em 1881, treze pessoas da familia entre homens, mulheres e meninos. Os cadaveres foram achados despidos e mutilados de um modo horroroso; uma mulher, ainda moça, foi encontrada espetada em aguda estaca que vinha sahir ao pescoço. Com a furia de cannibaes mataram as creanças despedaçando-lhes o craneo, mataram tambem os bois do carro, os cavalos, roubaram toda a ferramenta, toda a roupa, arrancaram até as ferragens do carro, as ferraduras dos animaes, as guarnições metálicas dos arreios. Foi uma carneficina horrível" (Sampaio, 1890: 107).

4. O massacre contra os Vieirinha
A chacina da família de Vieirinha, ocorrida no ano de 1880, quando os coroados (caingangues) atacaram o rancho de José Vieira, conhecido por Vieirinha, agregado do fazendeiro Joaquim Vicente Ferreira, na Água do Brejão, região de Paraguaçu Paulista.
Na tragédia foram mortos o casal e cinco filhos:
—"A mulher sucumbiu no próprio leito, e, ele, não passou da porta do seu rancho em chamas, caindo flechado pelos índios. Os pequenos, à medida que se libertavam da fornalha, iam sendo massacrados impiedosamente. A filha mais velha, entre menina e moça, em desabalada carreira foi mais longe na sua fuga (...) a sua sorte, porém, estava selada. Ao atravessar a pinguela certeira flecha traspassou-lhe o corpo franzino." (Jorge Junior, 'Um pouco de história...', 22/10/1967).

5. O esquartejamento na descoivara
Por volta de 1883, os índios caingangue atacaram o fazendeiro Joaquim Vicente Ferreira e dois agregados, um deles por nome Vicente Garcia, e família, quando faziam o preparo final da terra.
Os índios caíram-lhes em cima matando-os a golpes de bordunas, retalharam os corpos e decapitaram Vicente e sua cabeça levada pelos atacantes.
Um filho de Joaquim, que estava mais distante do grupo, conseguiu empreender fuga (Jorge Junior, 'Um pouco de história...', 29/10/1967).

6. Um ataque contra a família Paiva
Theodoro Sampaio menciona atos de violência indígena num ataque ligeiro por índios caingangues em "S. Matheus do Sr. José de Paiva os indios assaltaram uma vez em 1884 a sua fazenda, mataram dous escravos que trabalhavam nas plantações e roubaram toda a ferramenta" (1890 - 4:107).
A tradição diz que os dois negros ex-escravos do fazendeiro José Antonio de Paiva, nas imediações, abriram fogo contra os índios atacantes antes de tombarem mortos.

7. As matanças contra os Pereira Alvim e a violenta reação branca
O trágico ataque à família Pereira Alvim, em 1887, quando caingangues atacaram de surpresa o fazendeiro Manoel Pereira Alvim e seus ruralistas, pondo em fuga os brancos, os indígenas pacificados e os escravos negros, à exceção de Luiza, que ficou junto do seu senhor e de Antônio Luiz Ferreira, genro de Alvim, que foram então mortos e esquartejados, sendo a cabeça de Luiz levada pelos índios. A mulher de Alvim ficou ensandecida, e sua filha, esposa de Antonio Luiz, entrou em choque vindo falecer três dias após (Jorge Junior, 'Um pouco de história...', 5/11/1967).
Os familiares e agregados da família Pereira Alvim foram à forra, seguindo trilha dos assassinos, com sessenta homens fortemente armados, para além do rio do Peixe e, já nas vertentes do Feio, encontraram uma única aldeia, com velhos e feridos, imediatamente mortos. Sem outros índios à vista ou saciada a vingança, fizeram pouso a margem do rio do Peixe e, ao amanhecer do dia foram surpreendidos pelos índios, num ataque rápido com dois brancos mortos e os demais postos em fuga (Jorge Junior, 'Um pouco de história...', 05/11/1967).
Tradição regional diz que os membros da família Pereira Alvim deixaram venenos nos vasilhames e minas de água dos caingangues, certos que eles retornariam ao local.
Marques confirma a memória familiar numa versão dada por Adauto Davini, descendente de Manoel Pereira Alvim: "O irmão da vítima, residente na cidade de Santa Cruz do Rio Pardo, retornava de uma romaria a Aparecida do norte. Quando se inteirou do fato, foi ao local onde ocorreu a chacina e envenenou o cocho de mel dos índios." (Marques, 2009: 16).

8. Os cruentos encontros indígenas com a família Vieira
Em 1888 o patriarca João Vieira [de Souza] foi vítima de ataque indígena, isolado, mas socorrido pelos parentes escapou ileso.
Apesar de ter sido ocorrência sem maior consequência, poderia ter sido pior, João Vieira optou pelo ataque punitivo contra os índios, organizando uma expedição de voluntários formada por negros, escravos e libertos, índios catequizados em São Pedro de Alcântara (Jataizinho-PR), e mais o famigerado bugreiro Francisco Lourenço Nogueira ou Ferreira, conhecido como Chico Lourenço, homem experimentado nas razias e dadas (Jorge Junior, 'Um pouco de história...', 19/11/1967).
Sob as ordens dos bugreiros Jerônimo Vieira [de Souza] e Chico Lourenço a tropa partiu rumo ao atual município de Tupã, atravessou o Rio do Peixe para encontrar uma aldeia nas vertentes do Rio Feio, onde numa emboscada nunca esclarecida de modo convincente, exterminaram todos os caingangues ali postados: velhos, mulheres e infantes, à exceção de uma criança, de quatro anos aproximadamente, tomada pelos índios mansos com objetivos em criá-la. O grupo atacante sabia, por antecipação, que naquela aldeia não se encontravam guerreiros, mas optou pelo massacre como lição aos índios.
—O historiador Dióres Santos Abreu, em seu trabalho "Os Medeiros: uma família pioneira na ocupação do sertão Paranapanema" - publicação pela Ciência e Cultura - 31/08/1979: 860-867, às páginas 864-865 informa que "(...) Jerônimo Vieira de Souza, morador onde hoje é Paraguaçu Paulista, ficou famoso como matador de índio."
Praticada a matança o bando pôs-se de volta por um caminho interceptado por outros caingangues que os aguardavam, tocaiados próximos a um rio desconhecido. O primeiro a tombar foi um índio catequizado, depois outro ferido e assim começou a batalha, até que os atacantes se retiraram mata adentro.
Os índios catequizados vingaram-se na criança caingangue capturada, fazendo-a aos pedaços, antes que algum membro da comitiva, dizem, pudesse impedir a barbárie.
Jerônimo Vieira, ferido num dos braços durante confronto, jamais comentou os horrores daquela dada, mas antigos moradores da região, amigos da família, creditavam o massacre realizado pelos índios mansos e os negros, sem participação dos brancos, talvez para abrandar o sofrimento que acometera ao Jerônimo, que jamais presenciara tantos horrores quanto àqueles praticados por Chico Lourenço e os demais participantes (Jorge Junior, 'Um pouco de história...', 19/11/1967).
—Francisco Lourenço Nogueira é o mesmo 'Tio Chico', caricioso e pitoresco contador de histórias do antigo sertão, conforme o Leoni em 'Contos [ou Histórias] do Tio Chico', publicação de 1984.
Os Caingangue e os Vieira travaram vinte anos de guerras na região de Paraguaçu Paulista. João Baptista Vieira e Silva, os filhos Jerônimo, Domingos [Minguta] e Joaquim, mais o genro José Antonio da Costa Vasconcelos, não apenas dispunham de bugreiros contratados e de índios pacificados para os serviços da família contra os selvagens, como arrendavam seus homens aos demais interessados.
O coronel Francisco Sanches de Figueiredo, de Campos Novos, também tinha exército bugreiro disponível para aqueles que dele necessitassem.
Os embates particulares entre o 'coroado' e a família Vieira eram constantes, porque os Vieira fixaram residência, por volta de 1880, bem a meio do caminho e de comunicação entre as tribos do Peixe com as do Paranapanema (Giovannetti, 1943: 68).
O último combate entre coroados e brancos na região de Paraguaçu Paulista ocorreu por volta de 1901, novamente com a família Vieira, contudo, sem consequências maiores (Jorge Junior, 'Um pouco de história...', 26/11/1967).

251.9. Sobressalto indígena num arranchamento branco
Noutra feita, por volta de 1886 - não se sabe ao certo, os índios atacaram um povoado abaixo onde viria ser Paraguaçu Paulista, mais ou menos meio quilômetro de distância, com mortes para ambos os lados, sendo os índios rechaçados pelos moradores (Giovannetti,1943: 68), que no entanto resolveram abandonar o lugarejo.

25.1.10. Ofensiva indígena sobre um quilombo
No ano de 1896 novo ataque indígena em Paraguaçu Paulista, de proporções, perpetrados contra ex-escravos que teriam invadido e destruído roçado dos índios iniciado às margens do Rio Alegre, afluente do rio Capivara (Jorge Junior, 'Um pouco de história...', 26/11/1967). 
Relatos de 1960 destacavam as vítimas moradoras no Quilombo do Ribeirão das Antas, em atual município paraguaçuense, quando intentavam desmanchar o roçado indígena nas suas cercanias.

25.1.11. Outra agressão indígena na fazenda São Mateus
Os índios caingangues, no ano de 1898, segundo as tradições, atacaram e mataram três ex-escravos negros do fazendeiro José Antonio de Paiva, na margem direita do São Mateus, aparentemente por vingança pela intromissão em assuntos tribais. Essa ação confunde-se com aquela narrada por Sampaio como acontecida em 1884.

25.1.12. Mais um acometimento na fazenda São Mateus
Neste episódio, também em 1898, seriam os índios bravos atacando os mansos, escravizados ou aldeados, num ataque acontecido no bairro rural do São Mateus [Paraguaçu Paulista], no local denominado Aldeia, reduto de índios pacificados prestadores de serviços compulsórios gratuitos, onde os caingangues selvagens atacaram e mataram dez famílias da mesma tribo que se deixaram civilizar, quebrando assim as regras tribais (Giovannetti, 1943: 58).
Os índios massacrados 'pertenciam' ao coronel Francisco Sanches de Figueiredo, antes aldeados na fazenda Palmital, de onde removidos, por motivos de segurança, para a Aldeia, entre as terras das famílias Alvim e Paiva, na fazenda São Mateus, porque já ameaçados pelo coroado selvagem.

25.1.13. De outros entre os muitos relatos
Diversas ações indígenas são igualmente estarrecedoras, como as matanças no Vale do Feio/Aguapeí, em 1898, à margem do rio Dourado, quando os caingangues atacaram e mataram dois roceiros, com alto grau de crueldade, mutilando os corpos; ao primeiro degolaram, descalçaram uma bota, enquanto que a outra foi cortada com a própria perna e tiraram-lhe todas as roupas e o submeteram ao suplício da empalação. Ao segundo cortaram e levaram um braço, cortaram mais a mão e os pés, rematando as atrocidades com a empalação (Gentil Moura, Relatório...).
Ainda no Feio/Aguapeí, num bairro chamado Pires, próximo à fazenda Acampamento, os caingangues atacaram dois jovens roceiros, degolando-os e dando-lhe fortes mordidas no rosto, desfigurando-os; também lhes amputaram as mãos e os pés. A mãe viu ao longe a morte dos filhos, reuniu gente armada se pondo ao encalço dos assassinos, enquanto estes numa estratégia de fuga pensada, retornaram ao povoado para saqueá-lo enquanto vazio de homens, com especiais atenções na residência daquela mãe enlutada.
Mas o presente estudo focaliza as ações mais para o Vale do Paranapanema, e estas não se resumiram apenas no campo de batalhas travadas.
O assunto indígena era palco de discussões na Assembleia Legislativa da Província de São Paulo e, não raramente, preocupava políticos imperiais, ganhava manchetes na Capital do Império e até no exterior, assuntos mais adiante discorridos.
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