domingo, 20 de dezembro de 2009

- União familiar: Ortiz de Oliveira e Caetano Silva

I - Família Ortiz de Oliveira no Sertão Paranapanema
1. Do pouco que se sabia do patriarca Salvador Ortiz de Oliveira

Salvador Ortiz de Oliveira, mineiro de Pouso Alegre, nascido por volta de 1837, filho de José Ortiz de Oliveira e Venância Maria de Jesus, chegou ao sertão do centro sudoeste e oeste paulista no ano de 1879, com a mulher, dona Maria Luiza do Sacramento, e alguns dos filhos, para se estabelecer no Sertão Paranapanema, em formação, em algum lugar entre Santa Bárbara do Rio Pardo - agora Águas de Santa Bárbara, e São José dos Campos Novos - atual Estância Climática de Campos Novos Paulista, para, em 1885, transferir-se para Conceição de Monte Alegre - hoje distrito de Paraguaçu Paulista, onde adquiriu fazenda e se tornou um dos principais nomes na região, com grande descendência, vindo a falecer aos 21 de maio de 1918, idade informada de 81 anos.
Ao Salvador Ortiz atribuíam sisudez, homem de poucas palavras, com sotaque que lembrava ascendência hispânica, e, não poucos de seus descendentes, das quarta e quinta gerações, informavam que 'ouviram dizer' que o patriarca, em seu círculo íntimo, expressava-se numa linguagem diferente do português, mais próxima do espanhol, talvez dialeto ladino, e o Salvador Ortiz de Oliveira era visto sefardita - judeu cujos antepassados oriundos da península ibérica, para uns e outros, cristãos-novos. 
– Especulou-se, entre a descendência Ortiz de Oliveira mais estudada, que o sobrenome Ortiz seria aportuguesamento do sobrenome alemão Wörtz, estirpe migrante para a península ibérica nos tempos de Maximiliano I (1493-1519), integrada no trabalho com oliveiras, daí o sobrenome complementado Oliveira. 
O estudioso Benedicto Benício foi o primeiro a historiar sobre o desbravador, com as informações que tinha em mãos e auxílio de familiares, na sua obra "Sapezal - da ascensão ao declínio" (2004: 16-17).
Alguns dados revelados por Benício foram fundamentais para o início de uma pesquisa aprofundada sobre o pioneiro Ortiz, a exemplos da identificação nominal dos pais, local provável de origem, nomes da esposa, filhos e genros conhecidos, além da data e local da morte.

2. Documentos que comprovam a origem da família Ortiz de Oliveira
— Os autores não são genealogistas, apenas firmam, documentalmente, a ascendência em linha direta do pesquisado Salvador Ortiz de Oliveira.

2.1. Salvador Ortiz de Oliveira nascido de José Ortiz de Oliveira
Numa detalhada inquirição por espelho, partindo do que se sabia, iniciou-se um trabalho de melhor identificação do Ortiz, ou seja, sua origem familiar, proposta nada fácil pelos homônimos que, quase sempre, conduziam para becos sem saídas.
Salvador Ortiz de Oliveira, casado com dona Maria Luiza de Jesus ou do Sacramento, era filho de 'José Ortiz de Oliveira e Venancia Maria de Jesus', cujo matrimônio [destes] realizado aos 03 de setembro de 1809, em Santana do Sapucahy - MG lugar que se tornou Silvianópolis:
O assento eclesial mostrou-se revelador ao citar, com segurança documental, os nomes dos avós paterno e materno de Salvador Ortiz de Oliveira:
— José Ortiz de Oliveira, nascido de João Rodrigues de Camargo e de Catharina Cardoza[o] de Oliveira ou de Oliveira Cardoza[o], casou-se com Venância [Malta] aos 03 de setembro de 1809, ela, idade aproximada de 15 anos, filha de João Bernardes Malta e Tereza Maria de Jesus (SGU, Sant'Anna do Sapucay - Silvianópolis, MG, Matrimônios, Livro 1806-1836: 174).
Revelado os pais de José Ortiz chega-se ao seu nascimento, conforme imagem a seguir.
À mesma maneira levantou-se o nascimento de dona Venancia, a mãe do Salvador Ortiz de Oliveira, confirmado pelos nomes de seus pais, João Bernardes Malta e dona Tereza Maria de Jesus.
São os irmãos localizados de José Ortiz de Oliveira, filhos de João Rodrigues de Camargo e Catharina Cardoza de Oliveira, de acordo com assentos eclesiais de batismos:
-Salvador, 25/07/1768, Silvianópolis - MG (Livro 1766/1797: 30);
-Joana, 29/06/1771, Silvianópolis - MG (Livro 1766/1797: 66);
-Francisca, 19/12/1773, Silvianópolis - MG (Livro 1766/1797: 106);
-Izabel, 13/03/1778, Silvianópolis - MG (Livro 1766/1797: 150).

2.2. João Rodrigues de Camargo - o pai de José Ortiz de Oliveira
Descartados todos os homônimos 'João Rodrigues de Camargo', deparou-se com o batismo de 'Salvador [tio homônimo do pesquisado], aos 25 de julho de 1768, em Santa Anna do Sapucahy - atual Silvianópolis, filho de João Rodrigues de Camargo e Catharina Cardoza[o] de Oliveira.' 
— Às dificuldades para leitura de registro faz-se a transcrição:
— "Aos vinte e sinco dias do mez de Julho de mil oito centos e secenta e oito annos nesta matriz de Santa Anna do Sapucahy bautizei [sic] solenmente e puz os Santos oleos ao inocente Salvador filho legitimo de João Rodrigues Camargo natural da Freguezia de São João de Atibaia, e de sua mulher Catharina de Oliveira Cardoza natural da Freguezia de Nazareh: Avos Paternos João Siqueira Caldeira e Anna Maria de Camargos: Avos Maternos Inacio Furão, e Escolastica Cardoza todos naturais da Freguezia de Nazareh Bispado de São Paulo: forão padrinhos Salvador Martins e sua mulher Ursola Cardoza todos moradores nesta Freguezia de que fiz este assento para constar. O Vigrº João Caetano de Andrade."
—Salvador era o irmão mais velho de José Ortiz, e a singularidade do seu assento eclesial aponta os nomes dos avós paterno e materno'. 
João Rodrigues de Camargo - casado com dona Catharina Cardoza de Oliveira ou Oliveira Cardoza, inequivocamente, era filho de João [de] Siqueira Caldeira e dona Anna Maria de Camargo.

2.3. João [de] Siqueira Caldeira - o pai de João Rodrigues de Camargo
João de Siqueira Caldeira, pai de João Rodrigues de Camargo, era filho de João de Siqueira Caldeira [mesmo nome] e de dona Anna de Góes, e foi casado primeira vez com Anna Maria de Camargo, depois, enviuvado, casou-se "2ª vez em 1740, ma Conceição dos Guarulhos com Izabel Pires do Prado, viuva de Amaro Gonçalves Barboza, filha de Manoel Pires Antunes e Maria Ribeiro." (Silva Leme - Luís Gonzaga, Ge-nealogia Paulistana (1903/1905), Volume VII: 510 a 548 - Título Siqueiras Mendonças - Parte 2: 511).
— Do primeiro consórcio de João de Siqueira Caldeira nasceu o João Rodrigues de Camargo.
 

2.4. João de Siqueira Caldeira - o pai de João de Siqueira Caldeira
Homônimos pai e filho.
O João de Caldeira Siqueira [pai], nascido de Antonio de Siqueira Caldeira e de Anna de Goes, foi casado primeiro com Maria Ribeiro Antunes, viúva de Sebastião de Siqueira, filha de Estevão Ribeiro Bayão Parente e de Maria Antunes (Genealogia Paulistana, op.cit, Título dos Macieis), de cujo matrimônio nasceu João de Caldeira Siqueira [filho]. 
A título de curiosidade, João de Siqueira Caldeira [pai], enviuvado, contraiu matrimônio com dona Catharina Rodrigues, em Nazareth, sendo ela filha de Manoel Cardozo e dona Catharina Rodrigues, viúva de Gaspar Avares de Souza - 2º casamento deste.

2.5. Antonio de Siqueira Caldeira - pai de João de Siqueira Caldeira
O Antonio de Siqueira Caldeira, nascido em 1597, casado em primeiro matrimônio com com Anna de Goes, e, no segundo, com Catharina Rodrigues, era filho de Manoel de Siqueira e dona Mecia Nunes Bicudo (Genealogia Paulistana, op.cit, Título dos Macieis).

— A citada dona Mecia Nunes Bicudo era filha de Antonio Bicudo Carneiro e Izabel Rodrigues.

2.6. Manoel de Siqueira - o pai de Antonio de Siqueira Caldeira
Manoel de Siqueira, casado com Mecia Nunes Bicudo, era filho de Lourenço de Siqueira Mendonça e dona Maria Bueno.


2.7. Lourenço de Siqueira Mendonça - o pai de Manoel de Siqueira
Lourenço de Siqueira Mendonça, casado com dona Maria Bueno, era filho de Lourenço de Siqueira Mendonça - mesmo nome e dona Margarida Rodrigues.

2.8. Lourenço de Siqueira Mendonça - pai de Lourenço de Siqueira Mendonça
Pai e filho homônimos.
Lourenço [pai], filho de Antonio de Siqueira e Victória Nunes Pinto, foi casado com Margarida Rodrigues, nascendo-lhes o filho Lourenço de Siqueira Mendonça.

2.9. Antonio de Siqueira - o formado da família em Brasil
Antonio de Siqueira nasceu em Portugal, por volta de 1530, e sua mulher Victoria, também portuguesa, nascida por volta de 1535, filha de Antonio Pinto e F [ilegível] Pires (http://www.genearc.net/ cópia CD: A/A). Este é o casal inicial da família brasileira para Salvador Ortiz de Oliveira.
—"Esta família, segundo escreveu Pedro Taques, teve principio na capitania de S. Vicente, em Antonio Siqueira, proprietário dos ofícios de tabelião, de escrivão da câmara e de órfãos da vila de Santos; o quel casou-se com Victoria Nunes Pinto, fª de Francisco Pinto (este irmão de Ruy Pinto e de Antonio Pinto, cavalheiros fidalgos, povoadores de S. Vicente)." (Genealogia Paulistana, op.cit, 470).
—<<Em sua "Nobiliarchia Paulistana Historica e Genealogica", Pedro Taques de Almeida Paes Leme (1714-1777) diz que o Antonio de Siqueira era de uma das famílias mais antigas da Capitania de São Vicente, que o Antonio viveu lá no seculo XVI "ainda era vivo em 1581", e que ele era "proprietário dos officios de escrivão da camara, orphaos e tabelião da villa de Santos, por mercê do sr. donatário Martim Affonso de Sousa".>> (Apud Chronica Social, 100 Anos no Correio Paulistano). 
O quadro abaixo é sequente ao anterior, colocado para demonstrar o Lourenço de Siqueira de Mendonça [o filho], 1-4, na linha de descendentes de seu homônimo pai.
–('Genealogia Paulistana, Luiz Gonzaga da Silva Leme (1852-1919), Vol VIII, Título - Siqueiras Mendonças - Silva Leme, 1905: 332 a 336, apud

3. Alguns dos familiares de Salvador Ortiz de Oliveira
3.1. Os irmãos conhecidos
-Felipe, batizado aos 28/05/1811, Pouso Alegre - MG (Livro 1812/1816: 04);
-Jose, batizado aos 19/10/1812, Pouso Alegre - MG (Livro 1812/1816: 32);
-Venancia, batizada aos 18/12/1814, Pouso Alegre - MG (Livro 1812/1816: 46);
-Joam, batizado aos 28/04/1816, Pouso Alegre - MG (Livro 1815/1823: 10);
-Joanna, batizada aos 15/11/1817, Pouso Alegre - MG (Livro 1815/1823: 47);
-Izabel, batizada aos 25/12/1820, Pouso Alegre - MG (Livro 1815/1823: 124);
-Antonio, batizada aos 01/02/1824, Pouso Alegre - MG (Livro 1823/1825: 100);
-Vicencia, batizada aos 26/12/1825, Pouso Alegre - MG (Livro 1825/1837: 27);
-Francisca, batizada aos 13/11/1825, Pouso Alegre - MG (Livro 1825/1837: 26);
-Anna, batizada aos 11/04/1828, Pouso Alegre - MG (Livro 1825/1837: 112);
-Brandina, batizada aos 08/11/1829, Pouso Alegre - MG (Livro 1825/1837: 167);
-Francisco, batizado aos 25/11/1832, Pouso Alegre - MG (Livro 1825/1837: 273);
-Luiza, batizada aos 05/06/1819, Pouso Alegre (Livro 1815/1823: 89), casada com José Ribeiro - filho natural de Maria Custódia, aos 24/11/1835, Pouso Alegre - MG (Livro 1832/1856: 34).

3.2. Os filhos de Salvador Ortiz de Oliveira nascidos e lembrados no sertão paulista
-Magdalena, batizada aos 11/09/1858, Botucatu - SP, (Livro 1856/1859: 84), constando Sacramento por sobrenome da mãe;
-José, batizado aos 31/12/1862, Botucatu (Livro 1857/1879: 31); 
-Joaquim, batizado aos 23/06/1870, Santa Cruz do Rio Pardo (Livro 1859/1879: 138), falecido com a idade de 16 anos, aos 30/03/1885 (Santa Cruz do Rio Pardo, Óbitos 1883/1897: 13);
-Virginia, batizada aos 17/05/1874, Santa Cruz do Rio Pardo (Livro 1872/1879: 35) - figura abaixo.
-Maria, batizada aos 27/02/1876, Santa Cruz do Rio Pardo (Livro 1872/1879: 63).
-Fermino, nascido no ano de 1882, em Santa Cruz do Rio Pardo, e seu óbito ocorrido aos 31/03/1884, idade 14 meses (Livro 1883/1897: 8).
-Osorio [Ozorio] Ortiz de Oliveira, nascido em 1888 ou 1889, casado em Conceição de Monte Alegre aos 06/12/1908, idade de 19 anos, com Maria Luiza do Prado, ele filho de Salvador Ortiz de Oliveira e Maria Luiza de Jesus, ela nascida aos 19/11/1888, idade de 20 anos, filha de José Elias Moreira e Maria Luiza do Prado (Livro Matrimônio, Lençóis Paulista, 1900/1908: 144), no registro eclesial citado os pais de Anna como sendo pais do Ozorio, corrigido por Silvia Rita do Prado Mendes Buttrós (Os Prados do Carmo da Escaramuça, 2018: 290-291). 
-João Ortiz de Oliveira;
-Agostinho Ortiz de Oliveira, o primeiro prefeito em Conceição de Monte Alegre;
-Anna Ozoria de Jesus, também conhecida por Anna Ortiz de Oliveira, casada com Antonio Francisco de Salles, ele filho de Antonio Florencio Martins e Anna Angelica Vieira e Silva, sendo deste casal a filha Ozoria Germina Ortiz Salles, a avó paterna do coautor Celso Prado.
Os autores ignoram possibilidades do filhos nascidos em Minas Gerais ou algum outro lugar que não o Sertão Paranapanema.

4. Dois dos genros de Salvador Ortiz de Oliveira
— Os autores mencionam Evaristo Soares Monteiro e Antonio Francisco [de] Salles, genros de Salvador Ortiz de Oliveira, face vínculos parenteiros com o coautor Celso Prado.

4.1. Evaristo Soares Monteiro - preâmbulo histórico
Evaristo Soares, nascido em Caldas - MG aos 13 de novembro e batizado a 1º de dezembro de 1863, idade de dezenove dias, filho de Antonio Soares Monteiro e dona Carolina Teixeira de Jesus (Livro de Batismos, 1856/1868: 69 - A/B).  
Assento matrimonial de 02 de agosto de 1884 testifica o casamento de Evaristo Soares Monteiro com dona Jacintha Maria de Jesus ou das Dores (Caldas-MG, Livro 1877/1905: 68).
— Dona Jacintha era viúva de José Azarias de Souza, morto ao 1º de abril de 1883 (Caldas-MG, Livro 1875/1908: 55), sendo dois os filhos conhecidos do extinto casal: José, nascido em Caldas-MG, batizado aos 02 de setembro de 1877 (Livro 1873/1891: 51) e falecido aos 15 de março de 1880 (Livro 1875/1908: 50); e Maria, batizada em Caldas aos 20 de agosto de 1879 (Livro 1873/1891: 70).
Evaristo e Jacintha tiveram a filha Carolina, batizada em Caldas-MG aos 11 de agosto de 1885, idade de dois meses (Livro 1873/1891: 149). 
Depois o casal, em companhia da família Soares Monteiro, transferiu domicilio e residência para o então município paulista de Santa Cruz do Rio Pardo, bairro de Lajeado, onde nasceu a filha Maria, batizada aos 10 de junho de 1888, idade de dois meses (Livro 1884/1890: 84).
— O registro da  filha Maria, mesmo nome de outra anterior de dona Jacintha, pode significar falecida a primeira, ou, que uma delas viesse a ter nome composto.  

No ano seguinte ao nascimento da filha Maria, dona Jacintha, por alguma razão, retornou a Caldas - Minas Gerais, onde faleceu aos 07 de agosto de 1889, idade de 32 anos  (Livro de Óbitos 1875/1908: 74), com a observação "(deixou filhos".
Evaristo, enviuvado, casou-se com Virginia Ortiz de Oliveira, filha de Salvador Ortiz de Oliveira e dona Maria Luiza do Sacramento. Embora nenhum documento ainda localizado sobre o evento, em 1890, aparece registrado como eleitor, casado, no Bairro do Lageado, município de Santa Cruz do Rio Pardo (Livro de Alistamento de Eleitores, 1890, Santa Cruz do Rio Pardo - SP).

Se casado com dona Virginia ou ainda viúvo, Evaristo mudou-se para a região de Conceição de Monte Alegre, então no município de Campos Novos do Paranapanema - Estância Climática de Campos Novos Paulista, acompanhando a caravana de Salvador Ortiz de Oliveira.

— Ação criminosa, acidental ou, segundo Giovannetti, por 'medida profilática - traças' (1943: 108/1909), o fogo consumiu todos os documentos eclesiais e cartoriais da localidade, de modo impossível, salvo por memórias, resgatar registros da época ou anteriores. 

Em Conceição de Monte Alegre projetou-se o Evaristo, nomeado Suplente de Subdelegado de Polícia, exercício de 1895, por 'Ato do Presidente do Estado de São Paulo' (Correio Paulistano, 29/01/1895: 1). 
Nomeação para o mesmo cargo, Suplente de Subdelegado de Polícia, exercícios de 1896/1897 (O Commercio de São Paulo, 30/12/1896: 2)
A mesma nomeação também publicada em Diário Oficial do Estado de São Paulo, edição de 30 de dezembro de 1896: 2.
No exercício de fato como titular da Delegacia de Polícia, em Conceição de Monte Alegre, Evaristo foi nomeado delegado (Correio Paulistano, 24 de agosto de 1899: 1).
São os filhos conhecidos de Evaristo:
- Lazara, Evaristo, Virginia, Elisaria, Sebastiana, Eliza, Augusta, Maria Luiza, Filipi, Filipa, Carolina e Antonio.
Evaristo, considerado homem honrado, tinha de suas recaídas em momentos de bebedeiras. Cavaleiro afamado e temperamental, conta-se um incidente, em que foi protagonista, ocorrido em Assis-SP (Ferreira da Silva - Leoni, 'Minha Terra, Assis', 1979: 72-75):
— "Um outro episódio no seio da população de Assis, ocorreu com Evaristo Soares. Este era exímio cavaleiro, peão domador, cavaleiro profissional de muita raça e não era assim tipo malfazejo; entre umas e outras, sempre bebia um pouco além do permitido e com isso amedrontava as pessoas cordatas, ao que fazia Evaristo passar por mau elemento.
Um dia, como dissemos no início, era domingo do mês e o ajuntamento festivo logo apos a celebração do terço, havia leilão. O leiloeiro apregoava certa prenda e quando usava o 'quanto me dão' 'quem mais oferece', Evaristo deu o seu lance.
Como se achava já bastante chamuscado pelas tantas doses de cabreuva, não percebeu que outro participante tivesse coberto o seu lance e por esta e mais aquela, o leiloeiro bateu o martelo, entregando a prenda ao vencedor, muito longe de aperceber o espírito revoltado de Evaristo que logo o interpelou:
– O senhor enganou aí seo moço. Passa esse rebuçado pra cá. 
Evaristo julgava ter razão porque não apercebera a cobertura do seu lance; julgou ter arrematado o objeto pretendido e surgiu ali a teimosia. 
Dizia ele. – O prêmio é meu. Arrematei, pago a vista e passa isso aqui. O outro, quis convencê-lo porque houvera coberto o lance alterado por Evaristo, ao que êste não concordou.
Outras pessoas quiseram acalmá-lo convencendo-o a compreender mas não compreendeu e deu valentia na hora, já irritado, passou a insultar todo mundo, blasfemando e injuriando.
O povo em ajuntamento ali apreciando a cena, arreminou contra Evaristo e êste quando ameaçou sacar a arma, a turma aboletou para cima dele com gana de linchá-lo e o zun-zun foi um urro uníssono: 'prega o pau!... mata!... aperta o cerco, chumbo em riba dele'!...
Evaristo a essa altura não foi nenhum pateta de se deixar apanhar com facilidade e com o gesto que lhe era peculiar, com a agilidade dum alucinado, rasgou o povareu e teve tempo de saltar sobre a sela do cavalo azaranzado que estava ali mesmo ao lado e deu rédeas para galopar dando o fora, mas ainda se viu cercado por todos os lados, pois a rua estava obstruída por muitos elementos todos de garrucha em punho apontando-lhe e não era brincadeira; apertaram o gatilho pra valer.
Era fumaça que espichava, era o cavalo que saltava, mulherada gritava, pelo que eletrizou o ambiente de tal modo que foi alucinação geral.
Evaristo como excelente cavaleiro, deu provas irrefutáveis pois, chamou nas esporas o valente matungo, balanceava-o nas rédeas para a esquerda, para a direita e o cavalo de saltos e priscos para todos os lados, como se estivesse num verdadeiro campo de batalha e o tiroteio foi cerrado de tal forma que o povo enraivecido sequer via mais nada; — era atirar para matar, era alinhavar Evaristo.
Não menos valente e forte era o cavalo que saltava, virava nos pés, voava daqui, relinchava e arremessava contra quem estivesse em frente e o bang-bang continuava.
Evaristo também não se deu por pouco amedrontado. Era temível mesmo!... diante do tiroteio cerrado, diante de tôda uma torcida hostil, naqueles gringolados, curvando sôbre a sela, vendo a morte por todos os lados, dando de esporas fustigando o valente animal, teve tempo ainda de sacar seu revolver e fez fogo se bem que a esmo entre o povareu, mas não esmoreceu: deu rijo o quanto pôde e no momento que teve uma oportunidade, depois de descarregar sua arma, atirou o cavalo numa brecha rompendo o circulo, escapulindo são e salvo!...
O cavalo de Evaristo levou diversos raspões de balas como êle próprio que respingou muito sangue mas foram apenas revezes sem perigo algum, tendo deixando cair apenas o chapéu.
Dois homens ficaram estatelados na areia, pisoteados pelo cavalo, os quais receberam socorro e foi maior o susto.
Terminou a festa do domingo do mês em alvoroço, tiroteio como nunca houvera em todos os tempos na história de Assis e foi um afogueamento na hora do tumulto com blasfemas, suspense, como diziam os caboclos: 'chegou mesmo a catingar defunto' mas o danado safou-se.
Depois desta ocorrência, foi que Evaristo ficou deveras valentão; pois penetrou na mentalidade do povo que Evaristo tinha o corpo fechado e era portanto imune a balas e chumbo de qualquer arma de fogo."
-(Leoni, 1979: 72-75)
Evaristo foi o fundador de Sapezal:

—"Com a chegada da Estrada de Ferro em 23 de março de 1916 e a construção da 'Gare', começava a nascer a povoação que logo se chamaria Sapezal. A origem do nome se deve à existência de vastas manchas do capim gramíneo Sapé (Imperata Brasiliensis), encontradas no lugar e acredita-se mesmo, que a denominação Ribeirão Sapé, tenha sido pelo mesmo motivo.

O pioneiro Evaristo Soares Monteiro morava, com sua família, na época, em uma fazenda localizada às margens do Rio Capivara, onde se sabe, nasceram todos os seus filhos.

Tão logo a ferrovia chegou a Sapezal (nome este dado à 'gare' pela própria Estrada), Evaristo Soares Monteiro decidiu, em meados do ano de 1916, tomar posse da gleba de terras que lhe havia sido doada pelo seu sogro, Salvador Ortiz de Oliveira, cujas divisas se estendiam além do local ocupado pela estação ferroviária. Instalado no local conhecido por 'Areia Branca', cujo nome dera às suas terras, Evaristo Soares Monteiro, foi um homem de coragem, arrojado, experiente e acostumado às lidas do sertão, onde tudo está por ser feito e precisa ser feito. Resolveu, de comum acorodo com sua mulher Virginia Maria de Jesus, no início do ano de 1917, destinar uma área de terra de cerca de cinco alqueires de sua fazenda, para a formação da futura povoação, cujo nome seria mesmo Sapezal. Dessa área, dividida em lotes, o pioneiro Evaristo Soares Monteiro reservou lugar para a capela, para o cemitério, pátio da estação ferroviária e para as ruas da povoação.

O produto da venda dos lotes era destinado, inicialmente, à construção da pequena capela e do fecho do terreno de cemitério, onde ele, o pioneiro Evaristo seria sepultado quatro anos mais tarde, no dia 6 de junho de 1921, depois de ter fundado o lugarejo. Com ritos apropriados, a pequena capela construída de madeira, foi considerada apta para a prática de ofícios religiosos.

Como a cerimonia religiosa se verificou no dia 13 de junho daquele ano de 1917, o fundador Evaristo, homem religioso e devoto de Santo Antonio, deu o nome desse santo para figurar como padroeiro, fato que perdura até os nossos dias. Temse, portanto, como certo, que a fundação de Sapezal, pelo pioneiro Evaristo Soares Monteiro verificou-se naquele 13 de junho, com a entrega da capela, por ele construída."

— (Benício, 'Sapezal da ascensão ao declínio', 2004: 18-20). 

Evaristo faleceu aos 05 de junho de 1921, deixando os seguintes filhos conhecidos no sertão: 'Maria Luiza, Carolina, Lázara, Evaristo, Virginia, Elisária, Sebastiana, Eliza, Augusta, Filipi, Filipa e Antonio', não necessariamente na ordem cronológica.

 

4.2. O genro Antonio Francisco de Salles
Antonio Francisco [de] Salles, era filho de Antonio Florencio Martins e Anna Angelica Vieira e Silva, nascido nos anos de 1860 na localidade de Rio Novo, atual Avaré, por depreendimento em sua Certidão de Óbito, Sapezal, lavrado aos 28 de setembro de 1931, idade de 71 anos; e são conhecidos os seus irmãos:
-Joaquim Martins da Silva;
-João Antonio da Silva;
-José Francisco Florencio;
-Mathildes – casada com Antonio Joaquim Melchior de Camargo;
-Francisca Iorio da Silva.
— (DOSP, 19/03/1912: 1293)
— Do pai de Antonio Francisco de Salles, Antonio Florêncio Martins, sabe-se descendente da família Martins Borralho ou Alfena, pioneira em Alfenas - MG. A mãe, Anna Angelica Vieira e Silva, consta nascida na família de João Baptista Vieira e Silva que, segundo a Genealogia Paulistana "casou e residiu no termo de Alfenas, de onde se mudou-se para os sertões de S. Paulo, com grande família." (Luiz Gonzaga da Silva Leme [1852-1919] Vol. V - Pág. 445 a 485 - Tit. Toledos Pizas, Parte 1).
— Antonio Florencio Martins e Anna Angelica Vieira e Silva, residiram por uns tempos em Casa Branca - SP, onde lhes nasceu a filha Mathildes, e depois no sertão botucatuense, em Rio Novo/Avaré, veio à luz Antonio Francisco de Salles, antes de se fixarem na região de Conceição de Monte Alegre, atual distrito de Paraguaçu Paulista - SP. (Família Salles para os [Freiria] Prado, CD: A/A).
Antonio Francisco de Salles, conforme já informado, foi casado com Anna Ozoria de Jesus, e tiveram os seguintes filhos e filhas: 
-Maria, 17/05/1893;
-[Maria] Magdalena, 06/1894;
-João, 23/05/1896;
-Ozória, ano de 1900;
Não localizado registro de nascimento de Ozoria, sendo o ano de 1900 depreendido de sua certidão de óbito datada de 27/02/1954, com idade informada de 54 anos (Cartório de Registro Civil de Paraguaçu Paulista, Óbito nº 6150, Talão 31, página 212). Ozória e avó paterna do coautor Celso Prado.
-Anna, 04/03/1902;
-Luiza, 08/04/1904;
-Virginia, 03/03/1909;
-Francisca, 20/02/1910.
-Waldomiro, 14/02/1914.
O casal Antonio Francisco de Salles e Anna Ozoria de Jesus tiveram, também, o filho Antonio Porfírio de Salles, embora não localizado nenhum documento de seu nascimento ou batismo, todavia se sabe do nascimento de Antonio Porfírio [de] Salles Filho - conhecido por Tonico Porfírio, ocorrido aos 22 de setembro de 1917: "(...), filho de Antonio Porfírio de Salles e Virginia Soares de Oliveira, sendo avós paternos: Antonio Francisco de Salles e Anna Osoria de Jesus; avós maternos Evaristo Soares Monteiro e Virginia Maria de Jesus."  (CD: A/A)
— Registro de óbito - 04/12/2007 - Antonio Porfirio Sales Filho, o Tonico, natural de Conceição do Monte Alegre - SP, por informação, consta nascido aos 21/09/1917, filho de Antonio Porfirio de Salles e Virginia Soares de Oliveira.

5. Fazendas de Salvador Ortiz de Oliveira
Salvador Ortiz de Oliveira foi posseiro primário em atual município do Óleo que, anteriormente, pertencia ao território de Santa Cruz do Rio Pardo, mencionado na criação e divisas do distrito de Mandaguahy.
No ano de 1867 Salvador Ortiz de Oliveira 'adquiriu', de José Theodoro de Souza, a Fazenda Sapé ou Potreirinho, em Conceição de Monte Alegre, atual território de Paraguaçu Paulista.


II - Das famílias Rodrigues da Silva e Rodrigues da Costa
1. Do casal Manoel Caetano da Silva e Francisca Luiza de Jesus
Foto atribuída ao casal Manoel Caetano da Silva e sua
mulher Francisca Luiza de Jesus, com um dos  filhos.
-Foto trabalhada e colorizada em Photoscape-
Até 24 de abril de 2021, os tantos homônimos e as ausências de documentos precisos dificultavam a identificação correta de Manoel Caetano da Silva, também conhecido como Manoel Moreira da Silva. Se ignoradas, até então, sua filiação e naturalidade, no entanto, corretas as informações de ser ele casado com Francisca Luiza de Jesus com a qual teve os  seguintes filhos conhecidos:
-Julio Paulo da Silva, nascido no Bairro do Lageado, no então município de Santa Cruz do Rio Pardo - hoje território do município do Óleo, batizado aos 16 de março de 1890, idade de 45 dias (SCRP, Batismos 1884/1890: 31), casado aos 25 de outubro de 1913, no Óleo - SP, com Ludovina Honoria de Campos, natural de Dois Córregos - SP, sendo ela filha de José Onofre da Silva e Antonia Honória de Campos (CD: A/A);
-Marcelino Vicente da Silva, nascido e batizado em Santa Bárbara do Rio Pardo - atual Águas de Santa Bárbara, SP, idade de cinco meses, constando neste documento o nome de seu pai como Manoel Moreira da Silva, e sua mãe, Francisca Maria de Jesus (LB SBRP 1885-1899: 33), casado com Maria Victoria de Jesus, conforme consta em em registro de nascimento dos gêmeos Joanna Victoria da Silva e Vicente da Silva, aos 24 de junho de 1932, na Fazenda São Matheus (Cartório de Registro Civil de Conceição de Monte Alegre, 1931/1932), falecido o Vicente na mesma data.
—Nos registros de nascimentos dos filhos de Marcelino constam os nomes de seus pais como Manoel Caetano da Silva e Francisca Luiza de Jesus;
-José, nascido no então Bairro do Lageado, Santa Cruz do Rio Pardo - hoje território no município do Óleo, batizado aos 23 de abril de 1895, idade de 35 dias (SCRP, Batismos de 1873/1896: 185). Não localizado nenhum documento, a ele referente, até junho de 2021.
-Joaquim Raymundo da Silva, nascido em 07 de fevereiro e batizado a 16 de abril de 1898, em Tupá - antiga freguesia de São João de São Domingos - em atual município de Agudos-SP, cujo registro em arquivos da Igreja [Católica] de Lençóis Paulista [Livro de Batismos 1894/1898: 181), casado com Ozoria Germina [Ortiz] de Salles aos 28 de dezembro de 1918, falecido em Paraguaçu Paulista - SP, aos 06 de janeiro de 1957.
-Sebastião Sabino da Silva, nascido no então município de Santa Cruz do Rio Pardo, no Bairro do Lageado - no então município de Santa Cruz do Rui Pardo - hoje território do Óleo, batizado aos 08/03/1903, idade de um mês (SCR.Pardo, Batismos 1900/1903: 211), casado com Sebastiana de Moraes, filha de Joaquim Pereira Bueno e Benedita Antonia de Moraes;
-Dinah Flora de Jesus - depois Garcia, nascida em Santa Bárbara do Rio Pardo - atual Águas de Santa Bárbara, em 08 de agosto de 1904, casada em Conceição de Monte Alegre, aos 23 de julho de 1921, com o viúvo José Garcia Rosa, e falecida em Assis - SP aos 11/10/1983 (Assis, Prefeitura, Cemitério Municipal);
-Anna, sem histórico no sertão, batizada em Santa Bárbara do Rio Pardo - atual Águas de Santa Bárbara, aos 21 de maio de 1909 (Livro 1909/1917: 15), com registro de nascimento localizado informando ser ela nascida na Fazenda Potreiro, aos 20 de março de 1909 (Cartório Registro Civil de Pessoas Naturais, Águas de Santa Bárbara - antiga Santa Bárbara do Rio Pardo, Livro A-4 fls 044 frente, nº 24, datado de 27/03/1909). Faleceu com idade por volta de dois meses.
Documentos levantados em junho de 2021 revelam batismo de Manoel Caetano da Silva, na igreja matriz de São João de São Domingos, aos 15 de setembro de 1861, idade de dois meses, filho de José Rodrigues da Silva e Anna Maria de Jesus, sendo padrinhos Francisco Ferreira da Costa e dona Umbelina Siqueira de Castro (Santa Cruz do Rio Pardo, Livro de 1859/1879: 88); falecido aos 17 de outubro de 1937, na Fazenda São Mateus, no então distrito - hoje município de João Ramalho - SP, idade informada de setenta e quatro anos (Cartório de Registro Civil, Óbito nº 230, Livro nº 2, página 30), em vez dos setenta e seis, a partir de seu nascimento e data do assento batismal. Outrossim, localizado o batismo do irmão Francisco na mesma matriz de São João de São Domingos, idade de um mês, aos 20 de outubro de 1866 (Santa Cruz do Rio Pardo, Livro de 1859/1879: 100).
— O registro de nascimento de Anna possibilitou saber, além dos pais de Manoel Caetano da Silva: José Rodrigues da Silva e Anna Maria de Jesus, também, os pais de Francisca Luiza de Jesus, o casal José Rodrigues da Costa e Merenciana [Emerenciana] da Costa.


2. Da união familiar Ortiz de Oliveira [Salles] com Caetano da Silva

Joaquim Raymundo da Silva, conhecido por Joaquim Moreira, filho de Manoel Caetano da Silva e de Francisca Luiza de Jesus, nasceu aos 08 de fevereiro de 1898 na hoje extinta localidade de Tupá - antiga São João de São Domingos, e seu registro de batismo, para Lençóis Paulista, ocorrido aos 16 de abril de 1898 (Livro de Batismos, 1894/1898, Paróquia Nossa Senhora da Piedade - Lençóis Paulista). 
No início dos anos de 1900 a família Caetano da Silva estava residente na região de Conceição de Monte Alegre.
Joaquim casou-se com Ozoria Germina [Ortiz] Salles, natural de Conceição de Monte Alegre, ano de 1900, filha de Antonio Francisco de Salles e Anna Ozoria de Jesus ou Oliveira, neta do pioneiro Salvador Ortiz de Oliveira (Cartório Registro Civil de Conceição de Monte Alegre, Matrimônio, livro B-4, fls 139, termo 75, de 28/12/18).
As famílias Caetano Silva e Ortiz de Salles uniram-se pelos filhos, Joaquim e Ozória, que geraram, dentre os filhos e filhas, Onice Prado falecido em 25 de Abril de 2002.
Onice teve por mulher Maria de Lourdes Freiria, nascida em abril de 1932, de Salvador Henrique [da] Freiria e Maria  
Severina de Jesus [Moreira Silva/Feliciano Terra]. Do casal Onice e Maria de Lourdes [Prado] nasceram os filhos Celso, Juarez, Onice, Marisa e Paulo. 
Celso [Prado], coautor, teve um primeiro casamento com a aparentada Maria Felícia Rodrigues Castilho, descendente de Salvador Ortiz de Oliveira, deles nascendo Arthur Celso Castilho Prado, aos 28 de dezembro de 1973, e Gisele de Castilho Prado em 01 de março de 1975. Do segundo casamento, com Junko Sato [Prado], nasceram Mitchell Yutaka Sato Prado aos 24 de fevereiro de 1979, e Lorana Harumi Sato Prado em 23 de setembro de 1983.

2.1. Joaquim [Joaquim] Raymundo da Silva
O casal Joaquim Raymundo da Silva e
Ozoria Germina 
Ortiz de Salles 
Conhecido por Joaquim Moreira, filho de Manoel Caetano da Silva e de Francisca Luiza de Jesus, nasceu aos 08 de fevereiro de 1898 na localidade de Tupá - antiga São Domingos, e seu registro de batismo para Lençóis Paulista, ocorrido aos 16/abril/1898 (ACMS/SGU, Batismo, Livro 1894/1898, Paróquia Nossa Senhora da Piedade - Lençóis Paulista). 
No início dos anos de 1900 a família Caetano da Silva transferiu-se para a região de Conceição de Monte Alegre.
Joaquim Moreira foi casado com Ozoria Germina Ortiz Salles, filha de Antonio Francisco [de] Salles e Anna Ortiz [Ozoria] de Jesus [Oliveira ou de Salles], neta do pioneiro Salvador Ortiz de Oliveira(Cartório Registro Civil de Conceição de Monte Alegre, Matrimonio, livro B-4, fls 139, termo 75, de 28/12/18).

2.1.1. Ligações familiares históricas 
As famílias Caetano Silva e Ortiz de Salles uniram-se pelos filhos Joaquim e Ozória e, dentre os nascidos do casal o Onice Prado morto em 25 de Abril de 2002. 
Onice [José Onis] teve por mulher Maria de Lourdes Freiria, nascida em abril de 1932 de Salvador Henrique Freiria e Maria Severina de Jesus. Onice e Maria de Lourdes [Prado] geraram os filhos Celso, Juarez, Onice, Marisa e Paulo.
Celso [Prado], coautor, teve um primeiro casamento com a aparentada Maria Felícia Rodrigues Castilho, descendente de Salvador Ortiz de Oliveira, deles nascendo Arthur Celso Castilho Prado, aos 28 de dezembro de 1973, e Gisele de Castilho Prado em 01 de março de 1975. Do segundo casamento, com Junko Sato, nasceram Mitchell Yutaka Sato Prado aos 24 de fevereiro de 1979, e Lorana Harumi Sato Prado em 23 de setembro de 1983.
Celso Prado, além de descender do desbravador Ortiz de Oliveira, tem ligação histórica e de parentesco com o fundador de Sapezal, Evaristo Soares Monteiro, casado com Virginia Maria de Jesus, filha do desbravador. Virginia era tia de Ozoria Germina Ortiz de [Oliveira] Salles.
Dos filhos de Evaristo e Virginia, a filha Augusta se casou com o primo João Ortiz de Salles, irmão de Ozória.
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Onice Prado - nascido e batizado José Onis